As apresentações de Sílvia Machete, por mais que sigam um roteiro elaborado previamente, podem ser curtidas como happenings. A espontaneidade (resultado de um peculiar domínio de palco) de Sílvia é tão singulares que cada show é um novo show.
Sílvia leva para suas performances a experiência que adquiriu mundo afora no picadeiro. Os malabares e bambolês, as palhaçadas e o trapézio são instrumentos de trabalho que Sílvia trouxe do circo e incorporou à sua canção safada, com disciplina, romantismo e muito bom humor.
Seu vestidinho vermelho indefectível, sua pomba graciosa e suas bolhas de sabão (entre outros elementos lúdicos) reafirmam a presença cênica da mulher que, bem afinada, dá voz a uma cantora bêbada que em flashback canta seus arrependimentos e glórias.
Aliás, o Bomb of love (2006) é um conjunto de canções simples, que atiram para vários gêneros, com melodias, na maioria, dengosas e letras para lá de maliciosamente intencionais.
Nem freira, nem puta, o sujeito de "Toda bêbada canta", de Sílvia Machete, condensa a mensagem de autoironia estilhaçada no disco. Afinal, quem melhor para falar de um amor mal sucedido (rindo de si mesmo, o que hoje em dia fica cada vez mais difícil com a pecha do politicamente corretíssimo) do que uma bêbada na rebordosa?
O corpo fala e o de Sílvia Machete canta muito e bem. O canto bêbado é o canto que se desdobra para dentro: critica e ri de si: é brega, é chique e é feliz.
Sílvia leva para suas performances a experiência que adquiriu mundo afora no picadeiro. Os malabares e bambolês, as palhaçadas e o trapézio são instrumentos de trabalho que Sílvia trouxe do circo e incorporou à sua canção safada, com disciplina, romantismo e muito bom humor.
Seu vestidinho vermelho indefectível, sua pomba graciosa e suas bolhas de sabão (entre outros elementos lúdicos) reafirmam a presença cênica da mulher que, bem afinada, dá voz a uma cantora bêbada que em flashback canta seus arrependimentos e glórias.
Aliás, o Bomb of love (2006) é um conjunto de canções simples, que atiram para vários gêneros, com melodias, na maioria, dengosas e letras para lá de maliciosamente intencionais.
Nem freira, nem puta, o sujeito de "Toda bêbada canta", de Sílvia Machete, condensa a mensagem de autoironia estilhaçada no disco. Afinal, quem melhor para falar de um amor mal sucedido (rindo de si mesmo, o que hoje em dia fica cada vez mais difícil com a pecha do politicamente corretíssimo) do que uma bêbada na rebordosa?
O corpo fala e o de Sílvia Machete canta muito e bem. O canto bêbado é o canto que se desdobra para dentro: critica e ri de si: é brega, é chique e é feliz.
***
Toda bêbada canta
(Sílvia Machete)
Cheguei em casa
toda descabelada
completamente arrependida
do que aconteceu
Tomei cachaça
e fumei que nem
maria fumaça
completamente arrependida
do que aconteceu
Não teve a menor graça
tudo isso eu sei que passa
mas nao passou
Eu não sou nenhuma santa
Toda bêbada canta
(Sílvia Machete)
Cheguei em casa
toda descabelada
completamente arrependida
do que aconteceu
Tomei cachaça
e fumei que nem
maria fumaça
completamente arrependida
do que aconteceu
Não teve a menor graça
tudo isso eu sei que passa
mas nao passou
Eu não sou nenhuma santa
Toda bêbada canta
Um comentário:
essa musica diz muita coisa KKKKK
é a minha cara e cara de uma grande amiga minha Rebeca!
adoorei choro de rir, alem de ser uma composiçao muito engraçada fala a verdade uahoshaoshas
Postar um comentário