Na canção "Distração" Zélia Duncan canta: "Se você não se distrái, a vida fica mais dura, o tempo passa doendo". Estes versos iluminam a mensagem da canção "Epitáfio", de Sérgio Britto, já que aqui temos a voz de um sujeito lamentando as escolhas feitas ao longo da vida.
Do disco A melhor banda de todos os tempos da última semana (2001), dos Titãs, o sujeito de "Epitáfio", diante do espelho, relaciona uma série de comportamentos simples mas que, quando incorporados pelo indivíduo, parecem dar o real sentido da existência, como ver o por do sol.
Tal e qual o sujeito de "Distração", de Christiaan Oyens e Zélia Duncan, o sujeito de "Epitáfio" quer deixar à vida a tarefa de seguir o próprio curso. Com o valor das surpresas do acaso em permanente atomização, ambos parecem adeptos da filosofia "Deixa a vida me levar, vida leva eu", cantada por Zeca Pagodinho em "Deixa a vida me levar", de Serginho Meriti.
Na primeira parte de "Epitáfio", o sujeito observa as faltas: devia ter amado, chorado, arriscado e errado mais; enquanto na segunda parte, ele observa os excessos: devia ter complicado e trabalhado menos. Ambas se completam tematizando o receio humano contra a distração em relação à cobrança das seriedades da vida e de suas questões implícitas.
A primeira e a segunda parte são traduções do sujeito em estado de contemplação. Até a melodia é mais lenta e os verbos estão no passado. Porém, no refrão de pegada melódica mais forte surgem sopros de esperança com verbos no futuro: "O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído", diz.
Fica a mensagem de que "é preciso saber viver", é preciso "brincar de ser criança", "rir de si mesmo" aproveitando o tempo que não pára aceitando as pessoas como elas são e sem fazer tempestade em copo d'água. É preciso amar como se não houvesse amanhã, pois, ao final, a cada um cabe as alegrias e a tristeza que vier.
Do disco A melhor banda de todos os tempos da última semana (2001), dos Titãs, o sujeito de "Epitáfio", diante do espelho, relaciona uma série de comportamentos simples mas que, quando incorporados pelo indivíduo, parecem dar o real sentido da existência, como ver o por do sol.
Tal e qual o sujeito de "Distração", de Christiaan Oyens e Zélia Duncan, o sujeito de "Epitáfio" quer deixar à vida a tarefa de seguir o próprio curso. Com o valor das surpresas do acaso em permanente atomização, ambos parecem adeptos da filosofia "Deixa a vida me levar, vida leva eu", cantada por Zeca Pagodinho em "Deixa a vida me levar", de Serginho Meriti.
Na primeira parte de "Epitáfio", o sujeito observa as faltas: devia ter amado, chorado, arriscado e errado mais; enquanto na segunda parte, ele observa os excessos: devia ter complicado e trabalhado menos. Ambas se completam tematizando o receio humano contra a distração em relação à cobrança das seriedades da vida e de suas questões implícitas.
A primeira e a segunda parte são traduções do sujeito em estado de contemplação. Até a melodia é mais lenta e os verbos estão no passado. Porém, no refrão de pegada melódica mais forte surgem sopros de esperança com verbos no futuro: "O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído", diz.
Fica a mensagem de que "é preciso saber viver", é preciso "brincar de ser criança", "rir de si mesmo" aproveitando o tempo que não pára aceitando as pessoas como elas são e sem fazer tempestade em copo d'água. É preciso amar como se não houvesse amanhã, pois, ao final, a cada um cabe as alegrias e a tristeza que vier.
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Epitáfio
(Sérgio Britto)
Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
(Sérgio Britto)
Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
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