Eis a expressão que machuca o coração: "se...". Tudo aquilo que vier a ocupar o espaço das reticências apontará (sempre) para certo sentimento de caminho errado: trilhas mal feitas no percurso da existência.
Quando aplicado à relação erótico-afetiva, então, o "se" intenta averiguar o que poderia ter sido melhor: em qual parte da estrada os amantes se perderam um do outro.
De fato, sabemos que os motivos, para o erro (o fim), podem ser vários. O que nem sempre percebemos é que o desenvolvimento de toda relação depende da sua introdução. É o início que guarda o segredo. Senão, basta prestar atenção e perceber que aquilo que cobramos, no outro, e que consideramos como mudanças (que estimulam o fim), já estava ali desde sempre.
O sujeito de "Grand' hotel" chama para os dois parceiros a responsabilidade dos males. De Tudo é permitido (1991), disco com apelo erótico flamejante, a canção tem mensagem direta: diálogo dos (des)afetos. Hino da separação.
A bela introdução melódica dá lugar à voz baixinha e incerta de um sujeito (interpretado pela Paula Toller) que tenta entender um pouco mais a alma de uma relação, que tinha tudo para dar certo mas se transformou em "bom dia".
O sujeito que acreditava na parceria como instauradora da alegria de viver, agora pensa que o segredo da felicidade é ficar só. Desencantado, ele tenta entender o sentido da realidade: que para ele era a parceria.
As certezas foram desfeitas: pequenas vinganças. O sentimento foi abalado: palavras ditam para ferir. A separação surge como única saída. Ele sofre pelo que poderia ter sido: por não terem respeitado o tempo (feito para durar) do afeto.
Mas quem sabe a hora certa de calar e de dizer? Amantes e sófregos de paixão (afim de mais uma dose), atropelamos etapas que poderiam ser fundamentais (fundadoras) da permanência do carinho e da cumplicidade.
De fato, sabemos que os motivos, para o erro (o fim), podem ser vários. O que nem sempre percebemos é que o desenvolvimento de toda relação depende da sua introdução. É o início que guarda o segredo. Senão, basta prestar atenção e perceber que aquilo que cobramos, no outro, e que consideramos como mudanças (que estimulam o fim), já estava ali desde sempre.
O sujeito de "Grand' hotel" chama para os dois parceiros a responsabilidade dos males. De Tudo é permitido (1991), disco com apelo erótico flamejante, a canção tem mensagem direta: diálogo dos (des)afetos. Hino da separação.
A bela introdução melódica dá lugar à voz baixinha e incerta de um sujeito (interpretado pela Paula Toller) que tenta entender um pouco mais a alma de uma relação, que tinha tudo para dar certo mas se transformou em "bom dia".
O sujeito que acreditava na parceria como instauradora da alegria de viver, agora pensa que o segredo da felicidade é ficar só. Desencantado, ele tenta entender o sentido da realidade: que para ele era a parceria.
As certezas foram desfeitas: pequenas vinganças. O sentimento foi abalado: palavras ditam para ferir. A separação surge como única saída. Ele sofre pelo que poderia ter sido: por não terem respeitado o tempo (feito para durar) do afeto.
Mas quem sabe a hora certa de calar e de dizer? Amantes e sófregos de paixão (afim de mais uma dose), atropelamos etapas que poderiam ser fundamentais (fundadoras) da permanência do carinho e da cumplicidade.
***
Grand' hotel
(George Israel / Paula Toller / Lui Farias)
Se a gente não tivesse feito tanta coisa
Se não tivesse dito tanta coisa
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor Grand' Hotel
Se a gente não dissesse tudo tão depressa
Se não fizesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor
Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "Bom dia"
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
(George Israel / Paula Toller / Lui Farias)
Se a gente não tivesse feito tanta coisa
Se não tivesse dito tanta coisa
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor Grand' Hotel
Se a gente não dissesse tudo tão depressa
Se não fizesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor
Um dia um caminhão atropelou a paixão
Sem teus carinhos e tua atenção
O nosso amor se transformou em "Bom dia"
Qual o segredo da felicidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o sentido da realidade?
Será preciso ficar só pra se viver?
3 comentários:
Ótima reflexão sobre a música, moço!
Se espaço é muito legal! Estou sempre por aqui...
Abraços e parabéns!
Olá Leonardo, em sua observação li que tudo depende da introdução de como se inicia uma relação. Quando a minha estava por iniciar no "até que a morte os separem", alguém do meu convívio na ocasião, querendo estimular minha decisão, me disse que tudo que começa errado, acaba errado e que eu estaria no caminho certo. Bom, para a exigência da época eu comecei com tudo certo e no final estava tudo errado. Lendo o que li na sua observação lembrei disso. Adorei ter este contato com seu blog, mas me permito dizer que para o amor, verdadeiramente não existe fórmula mesmo. Ele vem e vai na mesma intensidade. Abraços!
Isabela, volte sempre!
Tila, concordo com você: o amor escapa a qualquer interpretação. Volte sempre!
abraços
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