"Socorro", como a própria palavra encerra, é uma súplica por auxílio; um pedido de ajuda para resolver algo; ou, no caso, para suportar o peso da existência.
O sujeito da canção, desnudado de qualquer vaidade humana, roga por algo que lhe dê sentido à vida (tão fria e sem desejo).
Quando os sentidos se ausentam; quando nada mais tem valor ou importância; quando o coração já não consegue mais bater por nenhuma razão; quando nada mais é motivo de surpresa; e quando as penas de uma alma penada podem servir de abrigo para o frio interior do sujeito; a urgência da vida precisa ser alardeada.
Como qualquer pedido de socorro, a mensagem da canção é direta, para que não ocorram erros da parte de quem queira lhe estender a mão. É preciso apontar o que nos dói, para que sejamos (esta é a esperança no grito do desesperançado) socorridos.
Cássia Eller (que já havia gravado a canção em Cássia Eller, 1994) regravou "Socorro" no Cássia Eller Ao vivo (1996) com uma pegada algo asmástica do violão. Ou seja, a melodia aos soluços se une ao texto, na busca de apontar uma rua que leve o sujeito a algum lugar que o proteja da incomensurável solidão de ser sozinho e humano.
Quando os sentidos se ausentam; quando nada mais tem valor ou importância; quando o coração já não consegue mais bater por nenhuma razão; quando nada mais é motivo de surpresa; e quando as penas de uma alma penada podem servir de abrigo para o frio interior do sujeito; a urgência da vida precisa ser alardeada.
Como qualquer pedido de socorro, a mensagem da canção é direta, para que não ocorram erros da parte de quem queira lhe estender a mão. É preciso apontar o que nos dói, para que sejamos (esta é a esperança no grito do desesperançado) socorridos.
Cássia Eller (que já havia gravado a canção em Cássia Eller, 1994) regravou "Socorro" no Cássia Eller Ao vivo (1996) com uma pegada algo asmástica do violão. Ou seja, a melodia aos soluços se une ao texto, na busca de apontar uma rua que leve o sujeito a algum lugar que o proteja da incomensurável solidão de ser sozinho e humano.
***
Socorro (Arnaldo Antunes / Alice Ruiz)
Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada,
Socorro, eu já não sinto nada.
Socorro, não estou sentindo nada.
Socorro (Arnaldo Antunes / Alice Ruiz)
Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada,
Socorro, eu já não sinto nada.
Socorro, não estou sentindo nada.
2 comentários:
Leo, não sabia que ela havia gravado essa canção no acústico... Na verdade nunca ouvi outra versão que não seja a de 1994.
Parabéns pelo blog, sucesso sempre.
Cheiro.
Oi, Diego, fiz a correção.
Valeu!
Cheiro
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