No filme Insolação, a personagem de Paulo José afirma que "o amor não foi feito para sermos felizes e sim para nos sentirmos vivos". Esta frase é tão impactante e tão nietszcheana que é impossível não ficar com ela ressoando (dando voltas) em nosso cérebro. Ela resume e amplia (desdobra) o sujeito: é um elo entre o encontro e a despedida, um amálgama entre o amor romântico e o amor livre.
Ela nos ensina como saber viver. Afinal, apenas viver não basta: "É preciso saber viver" como canta, reiteradas vezes, o sujeito da canção de Roberto e Erasmo Carlos. A sabedoria é o diferencial no deserto de almas que, vez por outra, a vida parece ser. ainda mais quando estamos em estado de amor, com todas as dúvidas, angústias e alegrias que este estado impõe.
Saber viver, portanto, passa pela consciência de que a alegria (e o amor) não excluem a tristeza (e a dor). Pelo contrário, saber viver é (também) enfrentar a solidão da existência: daquilo que nos afeta e nos empurra (ou não) para sempre.
A versão dos Titãs (Volume dois, 1998) investe em uma melodia que tenciona alongamentos e reduções sonoros: equilibrando alegria e tristeza, amor e dor, na medida exata que a letra pede. obviamente, nem sempre é possível escolher entre o bem e o mal. Vendedores e compradores de sonhos, tateamos (sempre rindo e sempre chorando) a vida indecifrável e sedutoramente irresistível.
O real, sendo sempre ficcional, terá a imagem das escolhas e das manipulações da ilusão engendrada por nós. Ou seja, sofrer (se arranhar na flor) e se alegrar (sentir o perfume da flor) são as únicas certezas da vida. Cabe a nós equilibrar tais forças e fazer da alegria a força maior. Se só o amor é real, de fato, ele nos mostra a vida (que estamos vivos) justamente pelas porções de felicidade e de tristeza que nos proporciona.
Ela nos ensina como saber viver. Afinal, apenas viver não basta: "É preciso saber viver" como canta, reiteradas vezes, o sujeito da canção de Roberto e Erasmo Carlos. A sabedoria é o diferencial no deserto de almas que, vez por outra, a vida parece ser. ainda mais quando estamos em estado de amor, com todas as dúvidas, angústias e alegrias que este estado impõe.
Saber viver, portanto, passa pela consciência de que a alegria (e o amor) não excluem a tristeza (e a dor). Pelo contrário, saber viver é (também) enfrentar a solidão da existência: daquilo que nos afeta e nos empurra (ou não) para sempre.
A versão dos Titãs (Volume dois, 1998) investe em uma melodia que tenciona alongamentos e reduções sonoros: equilibrando alegria e tristeza, amor e dor, na medida exata que a letra pede. obviamente, nem sempre é possível escolher entre o bem e o mal. Vendedores e compradores de sonhos, tateamos (sempre rindo e sempre chorando) a vida indecifrável e sedutoramente irresistível.
O real, sendo sempre ficcional, terá a imagem das escolhas e das manipulações da ilusão engendrada por nós. Ou seja, sofrer (se arranhar na flor) e se alegrar (sentir o perfume da flor) são as únicas certezas da vida. Cabe a nós equilibrar tais forças e fazer da alegria a força maior. Se só o amor é real, de fato, ele nos mostra a vida (que estamos vivos) justamente pelas porções de felicidade e de tristeza que nos proporciona.
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É preciso saber viver
(Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra no caminho
Você pode retirar
Uma flor que tem espinho
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
(Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra no caminho
Você pode retirar
Uma flor que tem espinho
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
5 comentários:
Realmente o amor nos faz viver uma gama de sentimentos que transporta nos para um horizonte irreal. Ao se tornar real, todos conseguem perceber tamanha felicidades pela forma que se contagia: tudo vira magia e deleite.
Realmente o amor nos faz viver uma gama de sentimentos que transporta-nos para um horizonte irreal. Ao se tornar real, todos conseguem perceber tamanha felicidades pela forma que se contagia: tudo vira magia e deleite.
Olá, Leonardo!
Estava passeando por alguns blogs e acabei encontrando o seu. Achei-o fantástico! Muito criativa essa proposta de postar uma música ao longo dos 365 dias do ano. Pretendo acompanhar cada uma.
Grande abraço!
A letra original é um pouco maior,gravada pelos vips em 68,mas Roberto demais intoxica,ficou bom assim.
Eu viajo todas as noites no seu Blog !! Tenho por hobby interpretar canções.
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