"As coisas têm peso, massa, volume, tamanho, tempo, forma, cor, (...), destino, idade, sentido. As coisas não têm paz", conclui o sujeito da canção "As coisas" de Arnaldo Antunes e Gilberto Gil.
Noutro plano de interpretação podemos dizer o mesmo do amor. Estraçalhado a mais não poder por poetas, cancionistas e filósofos, entre outros, o amor, ao longo do tempo, vem sendo sobrecarregado de adjetivos, epítetos e definições; o que, por outro lado, tem esvaziado-o de sentido. O amor está morto?
É caminhando por esta vereda que o sujeito de "O tom do amor", de Moska e Zélia Duncan (Pouco, 2010), desenvolve seu pensamento sobre o sentimento que é o segredo da vida: dos contatos, das trocas e das misturas. "O amor tem formas, formas, aromas, vozes, causas, sintomas", diz o sujeito da canção.
O sujeito canta o amor olhando por trás do universo de aparências que nós, humanos, temos lhe dado. O sujeito tenta suspender diferenças e preservar a esperança na vida do amor. Na busca pelo tom do amor, o sujeito evoca os equívocos do passado.
Aqui, é o próprio amor quem canta, personificado no sujeito da canção: o sujeito é o cavalo do amor. Sempre foi assim e assim será. Ao contar o segredo ou ouvinte, o sujeito investe confiança na continuidade do amor.
Pouco importa se o café de cada manhã é servido nas xícaras sujas de ontem. Cabe-nos amar o outro "pelas suas faltas, pelo seu corpo marcado, pelas suas cicatrizes, pelas suas loucuras todas". Eis o tom do amor: "amar dos pés ao que se escapa".
"O amor nasce pequeno, cresce, fica estupendo, às vezes o amor está ali, você nem tá sabendo", diz o sujeito da canção, apontando a imprevisibilidade da situação. E não importa de onde ele venha, nem para onde nos leve, é preciso estar disponível para a explosão do amor antigo em canção. Assim, como esta, terna e toda nossa - humana: "se cura doendo".
É caminhando por esta vereda que o sujeito de "O tom do amor", de Moska e Zélia Duncan (Pouco, 2010), desenvolve seu pensamento sobre o sentimento que é o segredo da vida: dos contatos, das trocas e das misturas. "O amor tem formas, formas, aromas, vozes, causas, sintomas", diz o sujeito da canção.
O sujeito canta o amor olhando por trás do universo de aparências que nós, humanos, temos lhe dado. O sujeito tenta suspender diferenças e preservar a esperança na vida do amor. Na busca pelo tom do amor, o sujeito evoca os equívocos do passado.
Aqui, é o próprio amor quem canta, personificado no sujeito da canção: o sujeito é o cavalo do amor. Sempre foi assim e assim será. Ao contar o segredo ou ouvinte, o sujeito investe confiança na continuidade do amor.
Pouco importa se o café de cada manhã é servido nas xícaras sujas de ontem. Cabe-nos amar o outro "pelas suas faltas, pelo seu corpo marcado, pelas suas cicatrizes, pelas suas loucuras todas". Eis o tom do amor: "amar dos pés ao que se escapa".
"O amor nasce pequeno, cresce, fica estupendo, às vezes o amor está ali, você nem tá sabendo", diz o sujeito da canção, apontando a imprevisibilidade da situação. E não importa de onde ele venha, nem para onde nos leve, é preciso estar disponível para a explosão do amor antigo em canção. Assim, como esta, terna e toda nossa - humana: "se cura doendo".
***
O tom do amor
(Moska / Zélia Duncan)
O amor vai te contar um segredo
Não precisa ter medo
Nem sair correndo
O amor nasce pequeno
Cresce, fica estupendo
Às vezes o amor está ali
Você nem tá sabendo
O amor tem formas, formas, aromas,
Vozes, causas, sintomas
O amor
É mãe, é filho, é amigo,
Às vezes num canto esquecido existe amor
Antigo, antigo
O amor que cuida, parte e assusta
Que erra e pede desculpas
Às vezes o amor quer ferir
E se cura doendo
O amor tem formas, formas, aromas,
Vozes, causas, sintomas
O amor
É pausa, silêncio, refrão
E explode nessa canção
O amor vai te contar
Um segredo, fica atento, repara bem
Que o meu amor é todo seu
Antigo
(Moska / Zélia Duncan)
O amor vai te contar um segredo
Não precisa ter medo
Nem sair correndo
O amor nasce pequeno
Cresce, fica estupendo
Às vezes o amor está ali
Você nem tá sabendo
O amor tem formas, formas, aromas,
Vozes, causas, sintomas
O amor
É mãe, é filho, é amigo,
Às vezes num canto esquecido existe amor
Antigo, antigo
O amor que cuida, parte e assusta
Que erra e pede desculpas
Às vezes o amor quer ferir
E se cura doendo
O amor tem formas, formas, aromas,
Vozes, causas, sintomas
O amor
É pausa, silêncio, refrão
E explode nessa canção
O amor vai te contar
Um segredo, fica atento, repara bem
Que o meu amor é todo seu
Antigo
Todos los días encuentro algo hermoso en este blog. Este día fue, sin embargo, especial. ¡Lindo lo que escribes! Gracias por este blog que, repito, es mi pan de cada día, mi oración matutina a quien, para mí, es Dios: la música! Gracias.
ResponderExcluirVocê foi brilhante com a idéia desse blog. Vim aqui por dica do próprio Moska!! Adorei o que vi!
ResponderExcluirPaz e bem!
Amoraline
Bom falar de amor pra renovar as energias para o ano que se inicia, bom falar de amor sempre!
ResponderExcluirAmanda
E eu que já tinha pensado nessa relação das "coisas" do Arnaldo com o "Tom" do Moska me encontrei aqui.
ResponderExcluirBravo!!
Fostes muito sensível ao escrever. E é assim, falar do amor sempre terá suas diferentes visões. Aquilo que cada um passa, sente, pensa.
ResponderExcluirMas até descobrirmos o segredo do amor, muita coisa acontecerá e quando encontrarmos de fato, veremos o quão é sublime ou que estava ali, no cantinho, esperando por nós.
Obrigado mais uma vez, Leo...lindo texto, como sempre.
ResponderExcluirGênio .. parabens !
ResponderExcluirEstou lendo o histórico.. amando cada uma das análises.
ResponderExcluirescreveu lindo texto. é uma alegria pra nós autores!
ResponderExcluirLeo, se vc soubesse o qto esta musica me toca, é uma doçura, ternura sem fim, até as pausas dizem mto. Gostei de vc ter escrito sobre ela, Zélia e Moska tambem! Grd abraço, amigo, feliz 2011!
ResponderExcluirLindo texto como sempre,mas dessa vez você foi longe demais,onde já se viu!
ResponderExcluirAté os autores comentaram!
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